Práticas de gerenciamento de projetos numa viagem: Expedição Mundo Andino (parte 4 de 4)

por | 19 out, 2016 | Para dar um up na carreira |

Olá,

Se você chegou até aqui é porque vem acompanhando nossa história sobre uma das viagens mais encantadoras que fizemos, eu (Moisés) e minha esposa, Gisele. Procuramos narrar essa experiência através da aplicação de técnicas de gerenciamento de projetos e este é o último post referente a etapa de Iniciação de um projeto.

Se por ventura você não leu o post anterior, quero convidar você a fazer isso a partir deste link.

Como mencionei anteriormente, procurei dividir essa história conforme as fases de um projeto. Este post e os 3 anteriores se referem a fase de Iniciação e assim fecho um ciclo desta série que prometi fazê-la em 4 etapas. Missão cumprida!

Minha expectativa é continuar escrevendo as etapas seguintes do projeto. Vejamos como poderei organizar isso dentro da minha rotina… Tomara que eu consiga!

Então, continuando nossa história, agora é hora de falar do que fizemos em relação a análise das partes interessadas do nosso projeto.

Análise das partes interessadas

Outro grande fator de sucesso em projetos é entender quem podem ser as pessoas que podem impactar positiva ou negativamente o nosso projeto.

Na fase de iniciação comumente fazemos esse levantamento e podemos criar um plano de ações que permita com que possamos lidar com suas necessidades e expectativas, afinal, uma parte interessada desmotivada pode representar um impacto significativo no nosso projeto.

A gestão das partes interessadas percorre todo o ciclo de vida do projeto e precisamos trabalhar para mantê-las engajadas e o mais bem informadas possível, pois isso ajuda a aumentar as chances de sucesso do projeto. Para o projeto Mundo Andino procuramos fazer uma análise simplificada e genérica sobre as principais pessoas que teríamos que lidar ao comunicar nossas intenções de fazer o projeto e, portanto, ficar 21 dias longe de nossa casa.

Ao promover as ações acima elencadas, ficaríamos mais tranquilos em saber que poderíamos obter o apoio de pessoas-chave no processo, sem às quais o projeto poderia não acontecer ou sofrer um impacto significativo em seu escopo.

Fizemos também uma matriz de interesse e poder das partes interessadas para entender às suas influências em relação ao projeto, que ficou assim:

Leitura do gráfico acima: Quanto mais à esquerda estiver a parte interessada, maior o interesse e quanto mais acima estiver a parte interessada, maior o poder.

Para cada parte interessada (e até mesmo o cachorro) foi adotada uma estratégia distinta de comunicação e entendimento de suas necessidades e expectativas, de modo a garantir que todos possam contribuir para o sucesso do projeto, seja de maneira direta ou indireta.

Até mesmo um simples cãozinho pode ser uma parte interessada no projeto. Temos que levar em consideração seus requisitos para que o projeto obtenha sucesso.

Foto: Pessoal que viajou conosco de off road durante 3 dias de travessia do Salar de Uyuni até a fronteira do Chile. Durante a viagem, necessidade de conhecer e se adaptar as diferentes necessidades uns dos outros. São partes interessadas que surgiram na fase de execução do projeto. Um problema que tivemos é que algumas pessoas gostavam de ficar mais tempo em algumas paradas pelo caminho ou dormir um pouco mais e outros (como no meu caso) queriam cumprir o cronograma à risca… 🙂“.

 Conclusão

Pensar na justificativa, objetivo, benefícios, premissas, restrições e partes interessadas do projeto foi o nosso input para entrar na fase seguinte do projeto, que é a etapa de planejamento.

Evidentemente, a fase de iniciação envolve uma série de outros trabalhos que podem ser particulares a cada tipo ou porte de projeto.

Porém, como profissionais de projetos temos que ser capazes de adaptar as diferentes ferramentas, técnicas e recursos às nossas necessidades, a fim de garantir que o projeto tenha todo suporte e recursos necessários para adentrar a fase seguinte de planejamento, onde será requerido um esforço maior de detalhamento, entendimento dos requisitos do projeto e comprovação de todas as variáveis envolvidas.

Não queremos matar um rato com uma bala de canhão. Análises mais complexas e ferramentas mais robustas podem e devem ser utilizadas, desde que se adaptem às necessidades reais do projeto. Manter o foco no simples facilita o entendimento das pessoas em relação ao objetivo do projeto, principalmente porque nem todas as pessoas dominam ou tem conhecimento pleno de processos de gestão de projetos.

Simples não é sinônimo de mal feito e a melhor medida de sucesso em projetos é cumprir o planejamento, respondendo com efetividade às necessidades e expectativas de nossas partes interessadas.

O projeto Mundo Andino está aprovado para adentrar à fase de Planejamento.

Acompanhe essa jornada conosco!

Moisés Luna e Gisele Araujo

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Moisés Luna é especialista e um apaixonado pela profissão de gerenciamento de projetos. Certificado PMP pelo PMI, nos últimos anos tem atuado em projetos nos ramos de serviços, tecnologia e engenharia. É palestrante e professor convidado em diversas instituições de ensino. Moisés participou em 2014-2015 de um grande programa de liderança do PMI, o Leadership Institute Master Class. Atualmente se dedica fortemente em seu programa de capacitação profissional voltado para a certificação PMP e CAPM, o YouPM (youpm.com.br).

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